sábado, 14 de janeiro de 2012

Secretaria de Inclusão de Aidan fracassa e mendigos moram sob viaduto

Mendigos dormem em área reservada para estacionamento rotativo / Foto: Marciel Peres
Os carros estacionados nas vagas de Zona Azul, que ficam sob o viaduto Ângelo Gaiarsa, no centro de Santo André, dividem o espaço com moradores de rua. Lá vivem César de Medeiros, de 23 anos, e Janaina Ribeiro Brás, de 22, grávida de cinco meses.
O casal se instalou na região há 3 anos, antes de a Prefeitura transformar a área em estacionamento rotativo. O viaduto protege ambos da chuva, mas o entra e sai de veículos já causou problemas. “Muitos motoristas, principalmente aqueles que não nos conhecem, ficam com medo da nossa presença”, afirma Medeiros.
César e Janaína não são os únicos que podem ser vistos no local. Às terças-feiras entidades sociais entregam comida para moradores de rua, o que provoca o acúmulo de pessoas sob o viaduto nestes dias.

A presença destas pessoas no local divide a opinião de motoristas e comerciantes da região. A maioria dos que costumam deixar o carro nas vagas de Zona Azul não se incomoda com a companhia. “Nunca me causaram problema. Até hoje nunca mexeram comigo. Às vezes pedem dinheiro, mas só às vezes”, afirma o cabeleireiro Mauro Oliveira, que costuma deixar o veículo no local à tarde.

Quem tem comércio nas proximidades, no entanto, tem opinião diferente. Andréia Caires é proprietária de uma bomboniere que fica ao lado de passarela próximo ao espaço onde funciona o estacionamento rotativo. A lojista reclama que moradores de rua e usuários de drogas se misturam no local e trazem insegurança.
“Por aqui tem assalto direto. Eu já fui roubada quatro vezes só no mês passado”, revela a comerciante. “Estou tendo de levar a mercadoria para casa todos os dias porque já invadiram a barraca para roubar doce”, reclama.

Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Santo André informa que “vem trabalhando na desocupação do local”. O texto afirma que “educadores sociais do abrigo Casa Amarela são sempre acionados e conseguem retirar os moradores do local e o Semasa realiza constante limpeza”.

A Administração reconhece, no entanto, que as ações não estão surtindo o efeito esperado. “A Prefeitura está atenta ao problema, mas enfrenta dificuldades, pois os moradores sempre retornam e cada vez mais com objetos pessoais”.

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