quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Governo Aidan veta homenagem a Celso Daniel no Teatro Municipal

O Teatro Municipal de Santo André, construído com dinheiro dos contribuintes de todas as cores partidárias, dos indiferentes e de quem detesta política, não foi liberado ao cerimonial de homenagens a Celso Daniel, cuja ausência completará uma década no próximo dia 20. Desculpas esfarrapadas foram repassadas para justificar o encontro deslocado para o Anfiteatro da Fundação do ABC, instituição mantida pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano.
Por mais que a Fundação do ABC seja respeitável, o Teatro Municipal de Santo André seria insubstituível. Foi ali, no Paço Municipal, que Celso Daniel surgiu para o mundo político e também onde seu corpo foi velado após a tragédia dos Três Tombos.

O temor de que o evocar do nome de Celso Daniel alimentaria a potencialidade de votos do Partido dos Trabalhadores, com quem volta a concorrer pelo Paço Municipal nesta temporada, levou o prefeito Aidan Ravin a arrumar uma desculpa. O Teatro Municipal estaria em reformas.

Há quem afirme que o prefeito Aidan Ravin não teria sido informado sobre as tratativas de bastidores, enquanto correm versões de que ao chegar até ele, a solicitação foi prontamente descartada. Aidan Ravin teria sentido cheiro de pólvora eleitoral no ar. Como se o fantasma de Celso Daniel tivesse combinado de aparecer no Paço Municipal exatamente 10 anos depois, quando o calendário marca uma nova corrida por votos.

A versão sobre o desconhecimento da programação pelo prefeito tem o propósito de bloquear análises menos condescendentes com o chefe do Executivo, porque Aidan Ravin teria cometido deslize imperdoável ao estender para o campo político uma ação que poderia circunscrever-se ao âmbito humanitário, por assim dizer. ver +

DANIEL LIMA 12/01/2012

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