terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Descaso do governo Aidan faz Santo André jogar longe de casa na A-2

Outra vez a Prefeitura de Santo André não cumpriu o que prometeu. Ao contrário do que garantiu em nota enviada ao Diário sexta-feira (veja reprodução ao lado), os funcionários não apareceram ontem no Bruno Daniel para construir os muros que iriam isolar o setor das cadeiras do restante do estádio. Para piorar, à noite, a Prefeitura justificou a falha se baseando em interdição feita pela CBF para jogos da Série C do Brasileiro (leia mais na página 2).

Sem os muros, a Federação Paulista interditou o estádio. Com isso, o Ramalhão terá de jogar contra o Palmeiras B, sábado, pela segunda rodada da Série A-2 do Paulista, no Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano - o clube estreia amanhã, às 19h30, contra o Rio Claro, no Interior.
A situação revoltou o diretor de futebol do Ramalhão, Sérgio do Prado. "Alguém na Prefeitura quer o fim do Santo André. A obra começou quinta-feira, os materiais estão no estádio e de repente ninguém aparece para construir o muro? Alguém mandou interromper a obra. O Almir Padalino, diretor de Esportes da Prefeitura, é quem deveria dar explicações aos andreenses", cobrou.

Para tentar solucionar o impasse, Sérgio do Prado chegou a procurar a administração municipal manifestando interesse do Santo André em construir os muros solicitados pela Polícia Militar para emitir o laudo de segurança do estádio. "Não fomos autorizados por se tratar de prédio público. A Prefeitura não faz e não deixa fazer", criticou Sérgio do Prado.

Sem estádio, a solução foi recorrer ao Anacleto Campanella, de propriedade da Prefeitura de São Caetano. O receio do dirigente é que a situação não se resolva até o segundo jogo do Ramalhão em casa, dia 8, conta a Santacruzense. "Vamos jogar as quatro primeiras partidas longe do nosso estádio, já que estreamos contra o Rio Claro, no Interior, depois pegaremos o Palmeiras B em São Caetano e mais dois jogos fora de casa (Monte Azul e América). Se contra a Santacruzense o Brunão não estiver liberado significaria cinco jogos fora e prejuízo técnico enorme", finalizou.

Torcedores e o vereador Montorinho (PT) estiveram ontem no Estádio Bruno Daniel. A expectativa era de que homens da Prefeitura estivessem trabalhando na construção dos muros que impedem o Santo André de jogar em casa no Campeonato Paulista. O que encontraram, entretanto, foi o mesmo cenário da última semana/CS: muita terra e nada mais.

Inconformado, Montorinho garantiu que assim que a Câmara Municipal voltar do recesso, dia 2, ele vai pedir esclarecimentos ao prefeito Aidan Ravin (PTB). "Da forma como está não pode ficar. É um grande desrespeito com o torcedor e com o esporte de Santo André. Vou reunir os vereadores no retorno dos trabalhos e exigir que o Executivo dê explicações sobre o que está acontecendo", garantiu Montorinho.

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC

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