quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MP será acionado para impedir operação abafa na CPI dos Palhaços

A oposição ao governo Aidan Ravin (PTB), protagonizada pelo PT, aposta em aliança com o Ministério Público para conseguir dar eficácia à CPI dos Palhaços, instaurada na Câmara para apurar supostas irregularidades na contratação, sem licitação, da empresa Produz Eventos e Participações Artísticas. O receio é que apuração acabe em pizza, já que a investigação será conduzida por quatro governistas ferrenhos e só um oposicionista.

Segundo Tiago Nogueira (PT), integrante da oposição na CPI, a proposta será firmar reunião com a promotoria do caso para tentar iniciar um trabalho em conjunto. "Queremos fazer investigação rigorosa, mas estamos prevendo falta de vontade de alguns para apurar as ilicitudes. Vamos criar clima de apelo para colocar pressão."
Os situacionistas que compõem a comissão são os vereadores Marcos Cortez (PSDB), Sargento Juliano (PMDB), Evilázio Santana, o Bahia (DEM), e Israel Zekcer (PTB), marido da vice-prefeita, Dinah Zekcer.

Tiago ressalta que intenção é elaborar lista das pessoas que devem ser ouvidas pela comissão, o que passará pelas mãos também do MP. "Há pelo menos umas dez pessoas que é necessário a quebra dos sigilos bancário e telefônico para entender o fluxo dos recursos, pois está claro que objetivo envolve o dinheiro", disse o vereador, citando que a empresa foi criada exclusivamente para a prestação de serviços à Prefeitura. De 2010 até hoje, segundo o Portal da Transparência, a Produz recebeu R$ 855 mil.

O primeiro trabalho da comissão correrá amanhã, às 14h, com a definição da composição (presidente e relator) e agenda de prioridades.

Bahia disse que vê a CPI, aberta por determinação da Justiça, a pedido do PT, como ato eleitoreiro, mas que o DEM vai analisar possíveis irregularidades. Contudo, o democrata se mostra descrente em relação a efetividade da CPI.

O MP já pediu à administração Aidan Ravin (PTB) cópia dos contratos e relatório da realização das apresentações feitas pela empresa Produz, que teria ligação com o secretário de Cultura, Edson Salvo Melo.

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