sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Moradores despejados cobram prefeito Aidan

Um grupo de 50 moradores dos núcleos Missionários, Lamartine, Toledanos e Cruzado, localizados no Jardim Santo André, fizeram um protesto na tarde desta quinta-feira (22), com um carro de som que percorreu a avenida Perimetral, na região central. Os manifestantes encerraram o protesto no Paço Municipal.

O grupo reclama sobre a reintegração de posse de 81 famílias que ocupavam áreas de risco no Jardim Santo André. O terreno pertence a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e a determinação para a retirada das famílias foi expedida pela juíza Luciana Biagio Laquina, da 6ª Vara Cívil da Comarca do município. Outras 30 famílias ainda aguardam a decisão da Justiça para serem removidas das casas.

As famílias removidas estavam em terrenos de alto risco de acidentes geológicos, como deslizamentos e desabamentos. De acordo com a CDHU, a partir de agosto, os moradores foram convocados para reuniões de orientação e esclarecimento sobre a necessidade de desocuparem o local. As famílias retiradas receberão auxílio-moradia no valor de R$ 380 mensais, até o atendimento definitivo em unidade habitacional ou carta de crédito de até R$ 100 mil para compra de imóvel pronto no mercado.

“Moro há 30 anos no local e provavelmente serei despejado na próxima reintegração. Muitas pessoas que foram desalojadas eram deficientes, idosos e crianças, que não têm para onde ir”, diz o aposentado José Marques. Os manifestantes reclamam que não foram levados para abrigos e não tiveram apoio social da prefeitura.

“Tenho quatro filhos e não sei onde vou morar, já avisaram que vão dar o auxílio-aluguel, mas ainda não tenho uma casa para levar minha família”, desespera-se a desempregada Adriana Lopes Santos. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, os abrigamentos são de responsabilidade da CDHU. Até o fechamento desta reportagem a companhia não se manifestou sobre o assunto.


Foto: Carolina Neves
Fonte: Repórter Diário

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