quarta-feira, 11 de abril de 2012

Demitidos de ONG contratada pelo Aidan Ravin dizem não ter recebido rescisão

Funcionários dispensados por ONG afirmam que prazo para recebimento de indenização trabalhista encerrou nesta segunda


Funcionários demitidos pelo Instituto Educacional Carvalho, uma ONG contratada em 2009 pelo prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), e que teve o contrato rompido em 31 de março deste ano, reclamam que ainda não receberam a indenização trabalhista da qual têm direito. “No Instituto nos informaram que não sabem quando será feito o pagamento, porque não contavam com o rompimento do contrato. Pela lei, tínhamos de ter recebido nesta segunda-feira (09/04)”, disse uma funcionária demitida que preferiu não se identificar.

De acordo com os funcionários, havia registro em carteira profissional e, portanto, têm direito a férias, décimo terceiro salário, entre outros benefícios garantidos em lei.

Na lista dos demitidos também estão familiares de vereadores e do  próprio prefeito, de acordo com algumas informações obtidas na Câmara. Os dispensados afirmam que o salário referente ao mês de março foi pago corretamente no quinto dia útil de abril.

O Instituto Carvalho foi alvo de denúncias no último mês. O MP (Ministério Público) informou que investigará o contrato com a instituição que já recebeu dos cofres públicos R$ 45 milhões, mas com suspeita de que pelo menos R$ 2,6 milhões tenham sido pagos indevidamente e de forma duvidosa.

A denúncia sobre o contrato firmado sem licitação e com base apenas em um concurso de projetos foi feita em 27 de março pelo vereador Tiago Nogueira (PT). Após os vereadores aprovarem requerimento do petista com questionamentos ao Executivo, a Prefeitura protocolou no MP, em 29 de março, representação com denúncias de que o Instituto Carvalho teria apresentado notas duvidosas e em desacordo ao objeto do contrato que envolve ações complementares aos programas e serviços de suporte administrativo e operacional de equipamentos e unidades de saúde.

A Prefeitura apresentou, inclusive, notas fiscais emitidas por empresas contratadas pela ONG para executar determinados serviços não justificados.

A Prefeitura não deu retorno até o fechamento da reportagem para informar se efetuou todos os pagamentos do contrato para que a ONG faça os acertos com os funcionários demitidos.


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