Araujo diz que punhal da traição era para descascar laranjas do Semasa

Araujo diz ter solucionado caso do punhal, mas versão é questionada. Foto: Luciano Vicioni

Vereador não acredita na versão e diz que caso tem de ser levado à Polícia, porque trata-se de arma branca encontrada em momento de turbulência 

O presidente da Câmara de Santo André, José de Araujo (PMDB), diz ter solucionado o caso do punhal encontrado na terça-feira (10/04) nas escadarias internas do prédio do Legislativo. 

De acordo com o chefe do Legislativo, a arma branca pertencia a um funcionário de 60 anos. “Ele utilizava o punhal  para descascar laranja e o havia perdido”, disse Araújo.O presidente não informou nome e nem há quantos anos o servidor trabalha na Câmara. O cabo do punhal era de madrepérola. 

O vereador Tiago Nogueira (PT) disse não acreditar nessa versão apresentada por Araújo, principalmente diante do clima que vive o Legislativo, que investiga denúncias graves contra o Executivo. “É muito estranho um servidor usar uma arma branca para descascar laranja. Ainda insisto que o caso tem de ser levado à Polícia. O punhal, na Maçonaria, por exemplo, é um instrumento de vingança simbólico contra os traidores”, disse o petista.

O punhal foi encontrado um dia depois do depoimento do advogado Calixto Antônio Júnior na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura suposta existência de esquema de venda de licenças ambientais no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Apontado como mentor do sistema de extorsão, o advogado, sem apresentar provas, acusou o prefeito Aidan Ravin (PTB) de participar “de uma quadrilha de corrupção" na cidade e os vereadores de receberem mensalão para aprovar projetos de interesse de construtoras com negócios no município. 

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