terça-feira, 30 de agosto de 2011

PF ouve donos da Consladel sobre doações ilegais a Aidan


Tiago Nogueira (esq.) acredita que PF provará suposto caixa dois na campanha do prefeito Aidan (dir.). Foto: Arquivo ABCD MAIOR
Tiago Nogueira (esq.) acredita que PF provará suposto caixa dois na campanha do prefeito Aidan (dir.). Foto: Arquivo ABCD MAIOR
Sócios vão depor nesta semana em inquérito sobre suposto caixa dois na campanha

A PF (Polícia Federal) ouvirá nesta quinta-feira (01/09) Jorge Moura e Nagibi Labibi, sócios proprietários da Consladel, empresa acusada de ter doado irregularmente R$ 214 mil na campanha para prefeito de Aidan Ravin (PTB), em 2008. A Consladel é prestadora de serviço da Prefeitura de Santo André, com um contrato de R$ 7,1 milhões para 2011.
A denúncia de suposto caixa 2 foi feita pelo empresário Hélio Tanaka, proprietário da gráfica Nossagraf. A acusação é investigada desde 2009 pela Procuradoria Geral do TRE (Tribunal Regional Eleitoral).  “Já apresentei todas as provas e as doações envolvem mais que R$ 214 mil. Gostaria que os culpados fossem punidos”, disse Tanaka.


O inquérito poderá apontar indícios de crime eleitoral. A captação ilícita de recursos nas campanhas eleitorais, conhecida como caixa dois, se tornou crime eleitoral a partir de 2006, como prevê o artigo 30-A, parágrafo dois, da Lei das Eleições (Lei n° 9504/07).
A representação foi feita pelos seis vereadores da bancada do PT de Santo André. Eles foram os primeiros a serem ouvidos pela Polícia Federal. “Quando denunciamos o fato, fomos debochados, mas agora as investigações concluirão que houve caixa 2 na campanha de Aidan. O mais grave é que a Consladel é uma fornecedora da Prefeitura”, disse o vereador Tiago Nogueira.
Investigados - Outros nomes que constam do processo para serem ouvidos a pedido da Procuradoria do TRE são Charles Couto Camargo, coordenador de Programas da Secretaria de Desenvolvimento, e Alberto Casalinho, secretário da SOSP (Secretaria de Obras e Serviços Públicos). Casalinho também está envolvido em denúncia investigada pelo MP (Ministério Público) sobre roubo de mala com dinheiro em veículo de propriedade da Construtora São José. A acusação é de que o dono da empresa, Alberto Jorge Filho, estaria à procura do secretário no dia do assalto (13/06).
Sobre o caso existe ainda um dossiê feito por Hélio Tanaka em que mostra suposto depósito bancário de R$ 214 mil da Consladel na conta de Charles Camargo e uma nota, exatamente do mesmo valor, de uma gráfica que já fechou. A denúncia é de que nota seria fria. Também existe um Boletim de Ocorrência registrado no município de Itu, apontando indícios desse suposto esquema irregular de doação.
O BO foi feito pelo ex-presidente da Câmara de Itu Paulo Henrique de Paula Santos. No documento, Santos informa que teria sofrido ameaças de Aidan, que não teria cumprido um “trato comercial (informal) de cunho político”, realizado durante a campanha.
A assessoria de imprensa da Aidan foi procurada, mas a informação é que o prefeito não vai se posicionar.

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