terça-feira, 16 de agosto de 2011

Corrupção assombra governo Aidan: MP investiga desvio de verba de funerária


 
Promotor Roberto Wider investiga desvio em Serviço Funerário. Foto: Amanda Perobelli
Promotor Roberto Wider investiga desvio em Serviço Funerário. Foto: Amanda Perobelli
 
Acusação é contra servidora pública que atuava no Serviço Funcionário de Sto.André

O MP (Ministério Público) investiga o desvio de R$ 93,3 mil do Serviço Funerário da Prefeitura de Santo André. A acusação recai sobre a servidora pública Lilia Manso Cardoso, que era responsável pelo recebimento dos pagamentos relativos à aquisição de concessão de terrenos para a construção de jazigos.
 “Após o recebimento dos valores, era de sua responsabilidade o encaminhamento ao setor de Contabilidade, para recolhimento ao erário, mediante depósitos na conta da municipalidade. Lilia não repassou parte dos valores, apropriando-se dos mesmos”, disse o promotor Roberto Wider Filho, responsável pelo caso.

Pelas investigações, 59 moradores tiveram seus recursos desviados. Mesmo pagando pelos jazigos, como não havia baixa do pagamento, todos estavam inadimplentes com a Prefeitura, conforme o promotor.    Os valores dos desvios giraram entre R$ 424,30 e R$ 4.962,60.
Wider informou que os desvios ocorreram de 2007 a 2009. “A denúncia envolve peculato, que é o furto praticado por funcionário público, e a pena é de dois a 12 anos de prisão”, afirmou Wider.
O depoimento da funcionária está marcado para a próxima terça-feira (23/08). Outros servidores e também ex-funcionários do setor serão ouvidos como testemunhas pela Polícia nos dias 25 (Manoel Cunha de Castro – ex-diretor do Serviço Funerário ) e 29 de agosto (Roberta Alves Ferreira – encarregada de Finanças da autarquia) e 2 de setembro (Jair – responsável pelo setor de contabilidade da autarquia).
Investigada - A funcionária continua na administração, mas foi transferida do setor para não atrapalhar as investigações.
“Em resposta à demanda referente às denúncias contra Lilia Manso Cardoso, então servidora estatutária do Serviço Funerário, a Prefeitura de Santo André esclarece que à época das acusações (setembro de 2009) foi instaurado processo disciplinar (ainda em curso) para apurar o caso e aberto inquérito policial para que a conduta da funcionária citada fosse investigada”, diz nota oficial da Prefeitura.
A administração argumenta ainda que qualquer penalidade somente poderá ser aplicada à Lilia após a conclusão do processo disciplinar. “Além disso, para se evitar que ela tenha acesso a documentos e às instalações do Serviço Funerário, podendo assim, interferir na condução das investigações, a servidora foi cedida à Prefeitura.
A servidora foi procurada através da assessoria de imprensa, mas até o fechamento dessa edição não havia dado retorno.

Fonte: Jornal ABCD Maior

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