sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Desgoverno Aidan tenta salvar Casalinho sobre roubo na SOSP


Vereadores Israel Zekcer, Marcos e Bahia foram os mais exaltados na defesa de Casalinho. Fotos: Luciano Vicioni
Vereadores Israel Zekcer, Marcos e Bahia foram os mais exaltados na defesa de Casalinho. Fotos: Luciano Vicioni
Defesa de secretário feita por vereadores gerou bate-boca e até pedido de estátua

O governo do prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), mobilizou a base aliada na Câmara para sair em defesa do secretário da SOSP (Secretaria de Obras e Serviços Públicos), Alberto Casalinho, que vem sofrendo desgaste devido à repercussão do caso do roubo da mala a um Audi da Construtora São José, no estacionamento da Pasta que comanda.  A suspeita é de que existia R$ 70 mil na mala e de que o motorista estava à procura de Casalinho.
Seis vereadores usaram a tribuna da Câmara para defender o secretário e insinuar eventual articulação política para prejudicar o governo por conta da aproximação das eleições municipais. A sessão foi tumultuada e houve bate-boca e troca de ofensas entre oposicionistas e governistas.


O vereador Israel Zekcer (PTB), marido da vice-prefeita Dinah Zekcer,  puxou a fila da base aliada. Foi o primeiro a defender Casalinho na tribuna e pedir até que seja colocada uma estátua em sua homenagem ao secretário pela realização de obras na cidade. O fato serviu de brincadeiras e risadas por partes dos parlamentares.
O vereador Jairinho do PT, por exemplo, disse que pode ser confeccionada uma estátua do secretário com uma mala na mão e colocar na avenida Industrial, 780, onde a Construtora São José construiu um estande e oferta imóveis sem mesmo ter o projeto aprovado pela Prefeitura. No local, a empresa quer construir imóveis comerciais e residenciais.
O vereador Israel Zekcer, ao ser questionado se existe uma operação do governo Aidan para salvar Casalinho no cargo de secretário, ele disse que existe “a intenção de salvar a honra do secretário”.
Três vereadores discutiram em plenário. A confusão começou quando o vereador Tiago Nogueira (PT) disse que achava estranho o discurso do vereador Evilásio Santana, o Bahia (DEM), “que há um ano atrás fez duras críticas ao trabalho de Casalinho.
Bahia se alterou e a situação se agravou quando o vereador Jairinho do PT o chamou de “pelego”. A partir daí, a troca de ofensas foi mútua e aos berros.
Bahia avalia que o secretário está sendo injustiçado. “Roubo acontece sempre. Eu mesmo já fui roubado duas vezes. O que importa é que o secretário está fazendo um ótimo trabalho, reformando o estádio Bruno Daniel e recapeando mais de 80 Km de ruas na cidade”, disse.
O vereador Marcos da Farmácia (PSDB), o vereador Gilberto da Primavera (PTB), o presidente da Câmara, José de Araújo (PMDB), e o líder do governo, Donizeti Pereira (PV), também discursaram e se mostraram “solidários” a Casalinho. “Trata-se de uma armação”, disse o tucano Marcos. “É uma acusação leviana”, completou Primavera.
Já o presidente da Câmara acredita haver uma antecipação da campanha eleitoral. “Sabemos da idoneidade e da honestidade do secretário”, afirmou Araújo.
GCM - Quanto ao GCM (Guarda Civil Municipal) que foi transferido da SOSP após o assalto, o vereador Israel Zekcer disse que o guarda já tinha solicitado o remanejamento há dez dias. No entanto, a Prefeitura não autoriza  entrevista com o profissional ao alegar restrições no Regimento Disciplinar da Guarda. Também não permite acesso ao RO (Registro de Ocorrência) feito pelo guarda no dia do assalto.
O vereador Tiago Nogueira (PT) acha que o governo demorou muito para apresentar a defesa já que já se passaram dois meses do referido episódio. “O secretário tentou abafar o caso, mas como o Ministério Público tem investigado o caso e a imprensa tem realizado um trabalho sério. Diante das evidências, o governou criou agora uma operação da base aliada para tentar salvar o secretário”, concluiu o petista.

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