quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Assalto na SOSP não tem BO na Polícia


Roberto Wider quer saber porque não foi registrado Boletim de Ocorrência. Foto: Amanda Perobelli
Roberto Wider quer saber porque não foi registrado Boletim de Ocorrência. Foto: Amanda Perobelli
 
Ministério Público pedirá explicações ao sócio da Construtora São José

O 4º DP (Distrito Policial) de Santo André informou ao MP Ministério Público que não houve registro de BO (Boletim de Ocorrência) sobre o assalto a um Audi da Construtora São José, no dia 13 de junho, no estacionamento da SOSP (Secretaria de Obras e Serviços Públicos). A denúncia é de que havia uma mala com R$ 70 mil no porta-malas do veículo e de que o motorista do Audi estava à procura do secretário de Obras, Alberto Casalinho.
O promotor que investiga o caso, Roberto Wider, disse que vai perguntar ao sócio administrador da São José Construções e Comércio Ltda, Alberto Jorge Filho, o motivo de não ter registrado o roubo na Polícia. O depoimento está marcado para no dia 1º de setembro, às 14h.

Além da mala roubada no estacionamento da Secretaria de Obras, a Construtora São José está envolvida em problemas com um megaempreendimento com imóveis residenciais e comerciais, na Avenida Industrial, 780. A empresa sequer teve o projeto aprovado pela Prefeitura e já montou estande e colocou corretores para fazer a oferta. A administração do prefeito Aidan Ravin (PTB) efetuou duas multas, mas a construtora continua desafiando o poder público.
O vereador Tiago Nogueira (PT) considera estranho o fato de não ter havido registro de BO na Polícia. “Esse caso continua obscuro. É incompatível a permanência do secretário de Obras, Alberto Casalinho, no cargo. Ele deveria pedir seu afastamento do cargo”, afirmou o petista.
Para o vereador, o caso ficou ainda mais complicado com a transferência do CGM Vilmar, responsável pelo RO (Registro de Ocorrência) no dia do assalto.  O guarda municipal trabalhava na SOSP e foi remanejado para a Central de Monitoramento.Além de Vilmar, o GCM Costa trabalhava no dia do roubo. Ambos vão depor no MP no dia 8 de setembro, às 14h.
O secretário Casalinho divulgou nota oficial nesta semana e se diz perseguido. “A tentativa explícita de se politizar o caso pode ser explicada pela proximidade das eleições municipais, que de fato trarão para o debate temas que não são de interesse público, mas que serão abordados por aqueles que tentarão retornar ao poder no município”.  

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