domingo, 12 de fevereiro de 2012

Pinguela ameaça cair no governo Aidan

Ao passar pela pinguela é possível sentir a velha estrutura balançar / Foto: Marciel Peres
Prefeitura de São Bernardo informou que a responsabilidade pela manutenção da pinguela é inteiramente de Santo André.

Tábuas soltas e quebradas, base de ferro enferrujada, ausência de calçada e falta de faixa de pedestre e sinalização. Este é o estado da única passagem para pedestres residentes numa área de 3 km entre a divisa de Santo André e São Bernardo, sobre o ribeirão dos Meninos, na avenida Lauro Gomes, no Jardim Bom Pastor. Assim como tantos outros problemas apresentados pela população que vive nas áreas que fazem limite entre municípios, a construção de uma ponte definitiva depende do entendimento de prefeituras.

Ao passar pela pinguela é possível sentir a velha estrutura balançar. Caso o pedestre olhe para baixo verá que a sustentação da passarela é feita por toras de madeira, sendo que uma delas está quebrada e a outra visivelmente deteriorada pela água do córrego. Melhor nem olhar.
Mesmo com todos os sinais de que a ponte não é passagem segura, a reportagem flagrou mais de 30 pessoas atravessando o local em apenas 15 minutos. “Acreditamos que cerca de mil pessoas passem todos os dias pela passarela”, diz o morador e usuário da ponte Oramilton João da Silva. “Quem não quer enfrentar o perigo, precisa buscar outro acesso e o mais próximo fica perto do supermercado Sonda, cerca de 2 km daqui”, lamenta. “Utilizei esta ponte por muito tempo. Sempre tive medo por causa das madeiras podres. Hoje eu evito o local”, relata o aposentado Alcino Delgado, morador da rua Pirapora, em Santo André.

Mais bamba

Os estudantes Amanda Munari, de 14 anos, e Richard Perez, de 15, passam todos os dias pela passarela, pois estudam em São Bernardo e moram em Santo André. “Já arrumaram algumas vezes, essa ponte, mas nunca resolvem de vez o problema”, reclama Perez. “De uns tempos pra cá ela ficou mais bamba do que de costume” afirma Amanda.

Chuva

Segundo relato dos moradores, uma madeira que dava acesso ao lado de São Bernardo foi levada durante uma forte chuva deste ano. Segundo Carolina Souza, o local ficou três dias com um buraco entre a rua e a ponte. Hoje há tábuas de madeira colocadas pelos próprios moradores. “Ou colocávamos as tábuas ou teríamos de interditar a ponte, pois estava sem condições de uso, muito perigoso”, completa Oramilton João da Silva. (Colaborou Nathália Blanco)

Manutenção depende do diálogo entre prefeituras

Segundo a Prefeitura de Santo André, responsável pela manutenção da passarela, a última manutenção no local foi realizada em 2010. “Foi reforçada a fundação da margem no lado de Santo André com o uso de perfis metálicos e feita a troca das peças de madeira estragadas”, informa a Prefeitura, por meio de resposta por e-mail. A Administração andreeense relata que a sinalização da avenida Lauro Gomes e a adaptação da via para a travessia de pedestres são atribuições de São Bernardo. A passarela não possui qualquer sinalização ou faixa de travessia na avenida.

A Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Comunicação informou que “o espaço requer outro tipo de passarela, de concreto ou aço, ao invés de madeira. A construção deve ser discutida por ambas as Prefeituras, até porque na parte de São Bernardo há problemas com áreas disponíveis para o acesso da ponte”.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de São Bernardo informou que a responsabilidade pela manutenção da pinguela é inteiramente de Santo André.

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