quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Falta de manutenção do governo Aidan deixa mais ruas no escuro

Enquanto a Prefeitura de Santo André não conclui processo de licitação para que nova empresa assuma a iluminação pública da cidade, cada vez mais ruas vão sendo atingidas pela falta de manutenção nos postes de iluminação. Com registros no Parque João Ramalho, Jardim Santo André e Parque das Nações, agora são 17 os bairros que já tiveram vias no escuro.

A licitação aberta em dezembro está paralisada por liminar obtida por uma das três empresas participantes do certame. A concorrente se sentiu prejudicada depois de ser desqualificada do processo por não ter serviço de atendimento ao cliente 24 horas por dia. Com o impasse, a manutenção está a cargo da Prefeitura, que só conta com uma equipe para realizar os trabalhos.
O excesso de demanda, reconhecido pela administração, faz com que mais ruas fiquem às escuras e, consequentemente, sujeitas à ação de criminosos, como diz a diarista Dorvalina Caetano de Souza, 45 anos: "Está muito perigoso andar pelo bairro. Tem um ponto de ônibus em uma rua escura, cheia de mato em volta. Isso traz muito medo, porque já teve gente assaltada lá", afirma a moradora da Rua dos Dominicanos, no Jardim Santo André.

Reclamar a falta de luz junto à Prefeitura também irrita os moradores. A dona de casa Adriana Ferreira Costa, 38, diz que já pediu reparos pelo telefone e internet, mas de nada resolveu. "Liguei várias vezes e eles deram prazo de 15 dias para ir na minha rua, o que não aconteceu. Depois entrei em contato pela internet e a informação foi a mesma, e não houve solução. Quando falei com a ouvidoria, nem prazo me deram mais", relata a moradora da Rua Cafelândia, no Jardim Alvorada, sem luz há 15 dias.

Se a solução chega, demora pelo menos uma semana, como no caso do aposentado Geraldo Granela, 77. Ele diz que nessa situação prefere ficar em casa do que correr o risco de ser assaltado.

Se em 17 bairros a luz é escassa, no Campestre a Rua Manopé tem lâmpadas acesas dia e noite. A professora Darlete Estela Bernardino, 50, afirma que há mais de dez dias denuncia o problema à Prefeitura, que nada fez. "O atendimento foi até ríspido. A resposta para todas as minhas dúvidas era que eles vão resolver a situação", afirma a moradora, que está cansada de tanto desperdício.

Lukas Kenji
Especial para o Diário

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