quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Descaso do governo Aidan faz área desapropriada na Gamboa virar ponto de descarte irregular

Montes de entulho das casas demolidas pela Prefeitura de Santo André na favela da Gamboa, somados ao lixo jogado pelos próprios moradores, têm causado a proliferação de ratos no bairro Paraíso. No local, são descartados de forma irregular sofás, malas de viagem, roupas, restos de comida e garrafas quebradas, entre outros detritos.

A Prefeitura alegou que o entulho das moradias demolidas – alvo de reintegração de posse – serve para prevenir que o local volte a ser ocupado, e que somente os detritros das demolições não geram aparecimento de ratos.
Alguns cachorros abandonados pelos donos que se mudaram após a reintegração continuam vivendo na favela, e dependem dos outros moradores e do lixo para ter o que comer. “Tento cuidar. Dou ração e já cheguei a dar remédio para verme. Mas minha casa é pequena, não tem como trazer todos para cá. São mais de 30 que vivem espalhados”, disse a dona de casa Ana Paula Vilas Boas, 39 anos.

Maria Josefa de Oliveira, a Zezé, 66, vende produtos de limpeza na Gamboa e ‘adotou’ o vira-lata Snoopy, que foi abandonado pelo dono. “Deixaram ele trancado em casa, mas conseguiu escapar. Dou ração e só não levo para casa porque moro de favor com a minha filha”, disse a aposentada.

Além dos cachorros, os ratos também se alimentam dos restos de comida. “Não podemos jogar a culpa só em cima da Prefeitura. Temos uma lixeira, mas os próprios moradores jogam lixo em qualquer lugar. Acaba criando rato e entrando dentro de casa”, falou Zezé.

Caroline Garcia
Especial para o Diário

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