sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Aidan atrasa entrega de 33 mil uniformes a alunos e Câmara quer explicação

Tiago Nogueira teve requerimento aprovado pela Câmara. Foto: Amanda Perobelli
Tiago Nogueira teve requerimento aprovado pela Câmara. Foto: Amanda Perobelli
Prefeitura alega que deve resolver problema com fim de licitação e que não distribuiu material porque ainda coleta dados de estudantes

A Câmara de Santo André aprovou nesta quinta-feira (23/03) requerimento em que questiona o atraso na licitação para a compra de uniformes aos 33 mil alunos da rede de ensino.  Desse total, 20% são novos alunos e não contam nem com o material usado do ano passado.

A secretária de Governo, a vice-prefeita Dinah Zekcer (PTB), tentou minimizar a polêmica gerada na Câmara ao dizer que a administração resolverá o fato com a conclusão da licitação pública.

O vereador Tiago Nogueira (PT), autor do documento aprovado por unanimidade pela Câmara, disse que faltou planejamento do governo em realizar a licitação. Seis meses antes de vencer o contrato, a Prefeitura deveria ter iniciado o processo de compra. O ano letivo já começou”, afirmou.

De acordo com o vereador, os alunos novos e que não têm nem uniformes usados “passam por constrangimento” diante da situação. “Só no Centro Educacional do Cata Preta existem 300 alunos sem uniforme”, reclamou.Os vereadores Antonio Leite (PT) e Paulinho Serra (PSDB) acham que faltou planejamento do governo Aidan. “A Prefeitura tem de ser mais ágil na realização das licitações. A compra de uniformes tem de ser prevista com antecedência”, disse o petista.

O presidente da Câmara, José de Araújo (PMDB), disse que a Prefeitura teve problemas jurídicos com a licitação e que, por isso, não efetuou a compra dos uniformes.

O líder do governo, vereador Donizeti Pereira (PV), também saiu em defesa da Prefeitura. “As assistentes sociais estão fazendo as visitas para saber o tamanho de roupa dos alunos. Apenas 20% dos alunos estão sem uniformes”, afirmou o verde.

Ao ser questionada porque a Prefeitura não coletou tais dados em setembro, quando foram realizadas as matrículas dos alunos, a vice-prefeita alegou disse que “as crianças crescem muito” e, portanto, os tamanhos poderiam ser alterados até o início do ano letivo.

Dinah Zekcer disse que foi no atual governo que houve a primeira distribuição de uniformes, mas o vereador Tiago Nogueira disse que o ex-prefeito João Avamileno (PT) deixou R$ 6 milhões reservados no Orçamento para que o próximo governo efetuasse a compra dos uniformes. “Além disso, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) não permitia que uniformes fosses incluídos nos 25% de gastos com a Educação”, concluiu o petista.

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