Prefeito Aidan ainda não afastou os suspeitos de corrupção no Semasa

São extremamente graves as denuncias, publicadas pela imprensa regional no último final de semana, dando conta de possíveis irregularidades que estariam ocorrendo na atual administração do Semasa, autarquia da Prefeitura de Santo André responsável pelo sistema de abastecimento de água, esgotos e licenciamento ambiental da cidade.

Segundo denuncia entregue ao Ministério Público teria sido montado, no sexto andar do prédio - o mesmo onde está instalado o gabinete do superintendente - um esquema de extorsão. As liberações de licenças ambientais somente aconteceriam mediante pagamento de propinas ao superintendente-adjunto, Dovilio Ferrari Filho e ao advogado Calixto Antônio Júnior. Este último, embora não seja funcionário da autarquia, seria considerado, ainda segundo a denúncia, o principal articulador da cobrança aos representantes das empresas que aguardam apenas assinatura do superintentendente, Ângelo Pavin (PMDB), para liberação do documento.

As denúncias são reforçadas pelo diretor de gestão ambiental da autarquia, Roberto Tokuzumi, responsável pela última assinatura antes da chegada do documento à mesa do superintendente-adjunto, Dovílio Ferrari Filho. Ele confirma as pressões do esquema e reforça as suspeitas ao explicar a demora na liberação de licenças. Ele diz: "Qualquer pessoa que tem um pouco de visão sabe que isso não pode ser feito. Quem acompanha pela internet toda a tramitação do processo, não encontra explicação para tanta demora na mão do superintendente".

O prefeito Aidan Ravin (PTB) tem obrigação de se posicionar sobre o assunto. Não há outro caminho a seguir, a bem da probidade administrativa e em seu próprio interesse, senão afastar os suspeitos do Semasa e instalar, imediatamente, um inquérito administrativo para apurar a verdade.

http://www.jornalabcreporter.com.br