“Essa declaração foi muito grave e de muita leviandade. Se alguém vendeu é porque alguém comprou. O PTB nunca comprou e nem vendeu ninguém. Se eu fosse o prefeito entraria com ação judicial, pois não temos histórico de comprar ninguém”, disse o comandante estadual.
Ao avaliar a situação, Campos também cobrou atitude do comando do PSDB paulista. “O Pedro Tobias (presidente estadual do PSDB) também tem que tomar uma atitude contra o Paulinho, pois houve falta de respeito”.
Paulinho Serra, que postula a chapa majoritária tucana, disse que o partido teria sido “vendido” ao presenciar o almoço, na última segunda, entre o presidente municipal do PSDB, Ricardo Torres, o coordenador regional, deputado William Dib e o prefeito Aidan Ravin.
Embora o encontro, protagonizado num conhecido restaurante andreense, não tenha tido oficialmente caráter deliberativo, ganhou nos bastidores da política tom de sepultamento da raia própria tucana.
Campos reafirmou que o PSDB estará junto com o prefeito. “Recebi sinais de que o governador Alckmin gostaria muito de apoiar o Aidan”, disse. “Eu estou convencido de que Santo André é muito importante para o futuro político do ABC. Se o Aidan ganhar seguramente o Alckmin terá apoio em 2014 (quando tentará a reeleição no governo do Estado)”, emendou, apostando que o anúncio ocorrerá depois da Páscoa.
Segundo ele, a discussão de apoio do PSDB ao PTB em Santo André não está atrelada ao diálogo paulistano, no qual os tucanos almejam que o petebista desista da candidatura própria de Luiz Flávio Borges D`urso (presidente da OAB SP) para apoiar o indicado do tucanato.
Aidan disse que conversou com várias “esferas” do PSDB, inclusive o governador Geraldo Alckmin e, por isso, acredita na cristalização da aliança. Sobre a declaração de Paulinho, o chefe do Executivo mostrou frieza. “É uma posição dele. Acho um momento muito delicado. Não sei o motivo que o levou a falar isso ou o que ele quis com isso. Não tem motivo para eu me preocupar com a fala do vereador”.
Primeiro aliado
Neste sábado, Aidan recebeu o anúncio do primeiro aliado eleitoral. O DEM, que conta com três vereadores na Câmara e atua na base aliada, renovou a parceria para a tentativa de reeleição.
“É um acordo para marcharmos junto com o prefeito no próximo pleito. Nós respeitamos a decisão da executiva municipal, que tem autonomia para decidir o destino do partido”, disse o presidente estadual Jorge Tadeu Mudalen. “O DEM já está com a gente. Essa aliança ajuda muito e mostra força”, vibrou Aidan.
A aliança foi sacramentada durante almoço que contou ainda com a presença de dois dos três parlamentares (Pinheirinho não compareceu), o presidente municipal – conhecido como Feijó – e o ex-vereador Marcos Medeiros, atualmente assessor do Executivo.
Mudalen disse que embora o partido tenha “bons quadros”, não pleiteará a vice de Aidan. “Deixaremos o prefeito livre”.
Instado sobre a ausência de Pinheirinho, Mudalen prevê problemas ao parlamentar, caso a rebeldia permaneça. “Eu não posso interferir na municipal sem que eu seja acionado em São Paulo. Não recebi nada até agora. Mas, assim que a executiva municipal tomar um posicionamento, os vereadores devem caminhar juntos. Caso contrário, tomaremos as devidas providências”, avisou.
http://www.reporterdiario.com.br - Leandro Amaral
Nenhum comentário:
Postar um comentário