sexta-feira, 9 de março de 2012

Pavin deixa a Câmara sem dar explicações sob suspeitas de corrupção no Semasa

Câmara abre CPI do Semana com assinatura dos  21 vereadores.

Por uma manobra dos parlamentares da base de sustentação, teve a apresentação de um novo requerimento, avalizado pelo governo Aidan Ravin (PTB). A votação ocorreu em bloco por volta as 21h30. Na sessão na próxima terça-feira será votado a formação da comissão.

O superintendente do Semasa ( Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Ângelo Pavin, saiu por volta das 18h40 desta quinta-feira da Câmara Municipal sem se pronunciar sobre o suposto esquema de venda de licenças ambientais denunciado desde domingo pelo Diário.


Ele esteve na sala do presidente da Casa, José de Araújo (PMDB), e conversou com os parlamentares, porém saiu pelos fundos do Plenário e não falou com a imprensa.

O governo Aidan Ravin (PTB) montou aparado para apoiar o superintendente. Acompanharam a sessão a vice-prefeita, Dinah Zekcer, o secretário de Comunicação, Alexssander Soares, e outros integrantes da administração.

Até o ex-homem-forte da gestão petebista, Nilson Bonome, pré-candidato ao Paço andreense pelo PMDB, esteve no plenarinho à espera de informações.

Segundo denúncia entregue ao Ministério Público, o qual abriu procedimento de investigação criminal, pedidos ficavam empilhados aguardando apenas a assinatura de Pavin, comandante da autarquia.

O adjunto, Dovilio Ferrai Filho - emperrava os processos de licenças ambientais -, e o advogado Calixto Antônio Júnior -  que não é funcionário do Semasa, mas contatava as empresas, cujos pedidos estavam na fila, para cobrar ‘taxa' - faziam parte do esquema.

A extorsão foi confirmada pelo diretor de Gestão Ambiental, Roberto Tokuzumi, no início da semana. "O advogado, que sempre vinha no prédio, disse que precisava de mim para um esquema que seria bom. E me orientou a trancar todas as licenças a partir daquele momento. E que todas as empresas deveriam falar com ele", detalhou o diretor, que consta na ação enviada ao MP como denunciante.

"O Calixto pediu, então, que chamasse as empresas e mandasse procurá-lo. Ele dizia: ‘Eu quero fila' e que se isso não acontecesse me tiraria dali." Dias depois, os dois discutiram rispidamente e Tukuzumi afastou-se do grupo. "Acelerei ainda mais a liberação dos processos, para que não ficasse dúvida sobre minha integridade. Não entrei nesse esquema de venda de assinatura do superintendente. Agora eles querem minha cadeira para mudar o procedimento."

 (Com informações de Fábio Martins) http://www.dgabc.com.br/

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