segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Semasa dá licença a área suspeita de contaminação

Construtora montou estandes antes da aprovação do projeto. Foto: Amanda Perobelli
Construtora montou estandes antes da aprovação do projeto. Foto: Amanda Perobelli
 
Prefeitura também aceita projeto arquitetônico da Construtora São José
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) aprovou a licença-prévia para a construção de um megaempreendimento com imóveis residenciais e comerciais na avenida Industrial, 780, em Santo André. A Secretaria de Habitação da Prefeitura também aprovou o projeto arquitetônico, do ponto de vista da engenharia civil e da legislação urbanista municipal.
Apesar das aprovaçőes, a Construtora São José não poderá iniciar as obras porque a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de Săo Paulo) ainda năo liberou a licença ambiental, já que a área era ocupada por uma indústria química.

Diante da suspeita de contaminação no terreno, porque ali funcionava uma fábrica de tintas, o vereador Tiago Nogueira (PT) encaminhou ao Executivo indicação, aprovada pela Câmara, pela qual solicita a colocação de placas de alerta à população e a interdição do local.
Em agosto, o ABCD MAIOR publicou uma série de reportagens sobre denúncias envolvendo o empreendimento. A Construtora montou os estandes antes mesmo da aprovação em definitivo do projeto. A empresa foi multada duas vezes pela irregularidade.
O secretário de Habitação, Frederico Muraro, disse que a licença-prévia é o primeiro passo para dar início à aprovação do projeto.
A Construtora São José também esteve envolvida no caso do roubo da mala ocorrido no estacionamento da Secretaria de Obras.

Casos - Em Mauá também existiram problemas de contaminaçăo de solo, no ano 2000, que provocaram até a morte de um técnicos que fazia a manutençăo nas caixas d’água do condomínio Barăo de Mauá.
Vereador quer interdição - O vereador de oposição Tiago Nogueira (PT) enviou indicação ao prefeito Aidan Ravin (PTB) para que a Prefeitura faça a interdição do terreno na avenida Industrial. O pedido do petista tem como base denúncia de contaminação no local já que na área funcionava uma fábrica de tintas. "Sugerimos que o governo faça como a Prefeitura de São Paulo, que interditou o shopping Center Norte por ameaça de explosăo do imóvel", disse Tiago.
O parlamentar ainda solicitou que a Prefeitura coloque placas de alerta à população sobre a contaminação no terreno.
O secretário de Habitação, Frederico Muraco, disse que o caso em Santo André é diferente do shopping. "Onde está o Center Norte havia um aterro e o shopping não fez o sistema de exaustăo de gases. Se tivesse feito, teria resolvido o problema", afirmou. Quando há matéria orgânica, forma-se gás metano e existe o risco de explosão.
Quanto ao terreno de Santo André, Muraro disse que era uma fábrica de tintas e, por isso, a Cetesb informará quais os procedimentos de descontaminaçăo a serem aplicados antes de iniciar as obras.

http://abcdmaior.com.br/

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