quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Casalinho tenta barrar apuração do roubo da mala, mas justiça nega

Casalinho tenta barrar investigação do promotor Roberto Wider. Fotos: Arquivo ABCD MAIOR
Casalinho tenta barrar investigação do promotor Roberto Wider. Fotos: Arquivo ABCD MAIOR
 
Liminar é negada pelo Tribunal de Justiça e Ministério Público continua investigação
O secretário da SOSP (Secretaria de Obras e Serviços Público ), de Santo André, Alberto Casalinho, entrou com pedido de habeas corpus no TJ (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) contra a investigação feita pelo Ministério Público sobre o roubo da mala ocorrido, em 13 de junho, no estacionamento da Pasta que coordena. O TJ negou liminar até o julgamento do mérito do processo.
“O secretário alega constrangimento pela exposição na imprensa. Também argumenta que o Ministério Público não pode efetuar a investigação. É estranha a atitude do secretário já que ainda não temos elementos contra ele. Com essa atitude, o secretário assume a posição de investigado”, disse o promotor responsável pelo caso, Roberto Wider, ao acrescentar que Casalinho “infelizmente tenta barrar a investigação”.

A mala roubada pertencia ao dono da Construtora São José, Alberto Jorge Filho. A suspeita é de que havia R$ 70 mil na valise. O empresário disse ao MP que foi até a SOSP, em 13 de junho, para tentar “desembaraçar” junto ao secretário de Obras um projeto de R$ 2,25 milhões de contrapartida exigido pela Prefeitura por conta de um megaempreendimento com imóveis residenciais e comerciais a ser construído na avenida Industrial, 780. O sócio administrador da Construtora disse ao MP que havia um computador e R$ 3 mil para despesas pessoais.
O secretário Casalinho foi procurado por meio da assessoria de imprensa, mas até o fechamento dessa reportagem não havia dado retorno.
Extratos bancários – Depois de divulgar que estudava a quebra de sigilos bancário e telefônico do dono da Construtora São José, o promotor recebeu do empresário as cópias dos extratos da conta do banco, bem como as contas de telefone. “Vou analisá-las nesta semana”, disse Wider. “Só não poderemos divulgar porque isso é sigiloso”, explicou o promotor.
CPI do Palhaço - O secretário de Cultura, Edson Salvo, também tenta dificultar os trabalhos da CPI instaurada na Câmara, após decisão da Justiça, para investigar contrato entre a Prefeitura e a empresa Produz Eventos, que envolve a apresentação de artistas e palhaços.
De acordo com presidente da CPI, vereador governista Marcos da Farmácia (PSDB), o secretário não enviará os processos ao Legislativo. “São 7 mil páginas e tirar cópias significa custos. Todos os processos estarão à disposição dos membros da comissão, mas não serão enviados ao Legislativo”, disse.
O presidente da CPI deu a entender que queria investigar somente um dos 16 contratos da Produz (o de R$ 165 mil envolvendo a apresentação de palhaços nos centros educacionais). O tucano chegou a mandar funcionários nesta terça-feira (25/10) ao Fórum para saber o que a Justiça havia determinado com relação à apuração e descobriu que a investigação é geral, ou seja, cerca de R$ 1 milhão recebido pela Produz passará por um pente fino.

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