sábado, 19 de novembro de 2011

Querendo justificar a falta de comando no paço, Aidan culpa Bonome pelo caos no trânsito

O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), sinalizou ontem que vai acatar a proposta de renegociar a contrapartida da obra executada pela Aquapolo na Avenida dos Estados, após a obra, que tem causado diversos transtornos à cidade, representar menos de 1% do custo total.

A compensação para obras em Santo André, em média, fica em 15%. Caso a porcentagem fosse mantida, a Prefeitura poderia receber cerca de R$ 20 milhões em investimento. No requerimento, os parlamentares enviaram pedido de notificação ao Ministério Público para acompanhar o caso.


No projeto original está inclusa a construção de Centro de Assistência e Promoção Social, no bairro Alzira Franco, no valor de R$ 750 mil, compra de terreno para erguer Centro de Proteção ao Dependente Químico, no Parque Miami, de R$ 450 mil, e revitalização no Parque do Pedroso, ao custo de R$ 100 mil, além de recapeamento das pistas 3 e 4 da Avenida dos Estados ao longo de 14 quilômetros. Ao todo, são quatro pistas na via.


O chefe do Executivo preferiu não comentar o erro na negociação. Sem moderação, Aidan sustentou que não participou do acordo e que os questionamentos deveriam ser direcionados aos próprios secretários envolvidos no episódio: o titular da Pasta de Gabinete, Nilson Bonome, e Obras e Serviços Públicos, Alberto Casalinho. "Seria melhor que eles pudessem explicar com detalhes. Eu nem sabia do valor de retorno."

Aidan admitiu que tinha ciência apenas superficial da contrapartida da obra, citando o asfaltamento e a construção do Cras. "Eu via que estava excelente devido à Aquapolo ser parceira. Mas se os vereadores veem de outra forma, que precisa ter retorno mais compatível, podemos rever." Na ocasião da contestação dos vereadores, Bonome defendeu que seria prejudicial, neste momento, a suspensão das obras, enfatizando que restam cerca de 30 dias para a conclusão.

Para o líder do PT na Câmara, Antonio Leite, a obra foi péssimo negócio para o município, chegando a beirar o ridículo. "Há forte prejuízo econômico por causa do trânsito. O congestionamento está caótico desde setembro de 2010. Os envolvidos deveriam vir à Câmara para justificar", disse o petista, lembrando que, para empreendimento comercial e residencial na Avenida Industrial, a "Prefeitura requisitou valor semelhante, sendo que o impacto de vizinhança e de trânsito é bem menor".

Fonte: DGABC

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