quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Eu já sabia! CPI dos Palhaços descobre ligação de primo de secretário com ONG

Daniel Salvo, primo do secretário de Cultura de Santo André, Edson Salvo, e envolvido nas denúncias da empresa Produz contratada pela Prefeitura para apresentação de palhaços e artistas na cidade, já ocupou um cargo em ONG (Organização Não-Governamental) contratada pelo prefeito Aidan Ravin (PTB) no início de seu governo.

De 2 de março de 2009 a 1º de setembro de 2009, Daniel ocupou cargo denominado Administrativo Nível 9, com salário de R$ 2.994,77, no Instituto Nova, que dava suporte aos PAs (Pronto-Atendimentos) e mantinha os serviços da Saúde Mental.


A informação sobre o cargo que Daniel exerceu foi dada pelo próprio prefeito, em documento enviado à Câmara. A contratação dessa ONG gerou polêmica e críticas da oposição por ela ter recebido R$ 41 milhões dos cofres públicos.

“O fato comprova a relação de Daniel com o governo. O fato precisa ser investigado”, disse o vereador Tiago Nogueira (PT), membro da CPI dos Palhaços que investiga o contrato entre a Prefeitura e a Produz.
O vereador Tiago suspeita que o primo de Edson Salvo tenha deixado a ONG para ajudar na constituição da empresa criada no ano passado e contratada pela Prefeitura dois meses depois de sua fundação. 

O primo do secretário de Cultura, Edson Salvo, aparece como contato administrativo do site da empresa (produzeventos.net). Pelo Twitter, o próprio dono da Produz, Thiago Pinheiro Augusto, revela ter almoçado com Edson Salvo, no restaurante Subway de Santo André, em 22 de junho de 2010, além de ter viajado com Daniel Salvo para jogar em um cassino, na Argentina, em dezembro do ano passado.

O vereador Tiago Nogueira se diz indignado porque os demais membros da CPI não querem ouvir os envolvidos nas denúncias. “Essa é mais uma prova de que é preciso pegar depoimentos na CPI”, disse.
O presidente da Comissão, Márcio da Farmácia (PSDB), e o relator da CPI, Gilberto do Primavera (PTB), usaram a tribuna da Câmara na sessão dessa terça-feira (22/11) para dizer que não detectaram irregularidades no contrato e por isso não há necessidade de prolongar as investigações e coletar depoimentos. Nesta quinta-feira (24/11), a  CPI deve acabar em pizza e encerrar a apuração dos fatos.

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