quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sevidoras de creches paralisam atividades por melhor jornada de trabalho


Prefeitura se diz surpreendida com protestos das agentes que atuam em 32 unidades na cidade
As Adis (Agentes de Desenvolvimento Infantil) de Santo André paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (30/05) para doar sangue no Hospital Estadual Mário Covas. O protesto social teve por objetivo chamar a atenção do governo Aidan Ravin (PTB) quanto à jornada de trabalho. As profissionais lutam pela redução da carga horária de 40 para 30 horas semanais.

Das 580 Adis que atuam nas 32 creches da cidade e atendem 6,8 mil crianças, a Prefeitura diz que 190 não foram trabalhar, enquanto o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André) calcula que pelo menos 250 cruzaram os braços.

Wagner Nascimento, diretor do Sindserv, disse que nesta sexta-feira (01/06) haverá a segunda reunião com a Prefeitura. A primeira ocorreu em 23 de maio. “Esperamos uma resposta positiva, pois está agendada uma assembleia para sábado (02/06), na Câmara, e existe a possibilidade de decretar greve da categoria”, disse.

De acordo com Nascimento, a paralisação de 24 horas fez com que a Prefeitura convocasse professores para não comprometer as atividades nas creches.

O governo Aidan se mostrou surpreso com a atitude das Adis. “Apesar de todos os esforços da Prefeitura de Santo André no sentido de negociar democraticamente com a categoria, a Administração foi surpreendida com a paralisação de 190 desses servidores. Importante destacar que nenhuma criança ficou sem atendimento, pois houve remanejamento interno para cobrir a demanda diária”, informou a Prefeitura.

O Prefeitura se diz “sensibilizada” com reivindicações, mas afirmou que há limitações de mudanças devido ao ano eleitoral. Houve a proposta de criação de uma comissão para estudos de viabilidade da redução da carga horária, com a participação dos vereadores, que aprovaram manifesto na última semana a favor das agentes.

“Durante a (primeira) reunião foram abordados os aspectos jurídicos da questão, tais como: impedimento de aumento orçamentário em ano eleitoral, resultado de novas admissões necessárias pela demanda, inexistência de cargos vagos, elaboração de lei para criação de novos cargos e aprovação na Câmara Municipal respeitado o embargo eleitoral, prazo de validade do concurso de Adis. Para continuidade do estudo, ficou agendada segunda reunião para 1º de junho”, afirmou a Prefeitura.

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