sábado, 3 de dezembro de 2011

Ex-presidenta de ONG menciona perseguição política no governo Aidan

Em meio ao clima de “denuncismo” do imbróglio que envolve a Prefeitura de Santo André, comandada por Aidan Ravin, e a ONG Estrela Dalva, outro fato veio tumultuar ainda mais o caso. Maria Aparecida Trambaiolli, ex-presidente da entidade andreense, afirmou nesta sexta (2) que funcionários da antiga organização sofriam pressão por parte da Secretaria de Inclusão Social, responsável pelos repasses de R$ 130 mil à ONG, para se desfiliarem do PT.

Segundo Cida, como é chamada entre os mais próximos, a exigência viria em troca da liberação da verba endereçada à organização não governamental, já que muitos que lá trabalhavam – segundo ela – eram simpatizantes ao Partido dos Trabalhadores. “Sou filiada ao PT. Algumas pessoas que trabalhavam comigo foram obrigadas a deixar o partido senão a ONG não receberia mais os repasses, mas eu bati o pé e fiquei na minha”, afirmou a ex-dirigente da entidade.

O repórter tentou contatar o secretário para esclarecer a denúncia, mas não obteve retorno das chamadas. Porém, em nota, a Prefeitura de Santo André garantiu que a declaração de Cida não é verdadeira. “O convênio foi firmado com a ONG pela eficiência da prestação dos serviços. Não houve nenhuma exigência da Administração para que os membros se desfiliassem de qualquer partido, tanto que o convênio foi mantido – o que demonstra que não existe ou existiu perseguição política”.

Em depoimento nesta quinta na Câmara Municipal, o secretário de Inclusão, padre Antonio Francisco da Silva, apontara um rombo na entidade após o envio mensal de repasses, atingindo a marca de R$ 584 mil. Segundo o padre, a ONG ainda não apresentou a prestação de contas que comprove a destinação correta, ou não, da verba. O caso foi encaminhado pela prefeitura ao Ministério Público, enquanto a entidade fechou as portas em outubro.

Curiosamente, o secretário de Inclusão Social que marcou o início do governo Aidan foi um remanescente da gestão petista. Ademar Carlos de Oliveira foi mantido pelo atual mandatário. Antes, porém, de aceitar a permanência no cargo, Oliveira se desfiliou do PT.

http://www.reporterdiario.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário