sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Corda bamba: Desvio de ONG de Sto.André chega a R$ 584 mil

Padre Antonio ao lado de José Araújo, presidente da Câmara: esclarecimento aos vereadores. Foto: Amanda Perobelli
Padre Antonio ao lado de José Araújo, presidente da Câmara: esclarecimento aos vereadores. Foto: Amanda Perobelli
Secretário de Inclusão encaminha denúncia de calote ao Ministério Público

O montante de recursos desviados pela ONG (Organização Não-Governamental) Ação Estrela Dalva, contratada pela Prefeitura de Santo André subiu de R$ 200 mil para R$ 584 mil, conforme informou o secretário de Inclusão Social do município, Padre Antonio Francisco Silva, durante explicações dadas aos vereadores nesta quinta-feira (01/12), na Câmara.
O secretário também teve de explicar aos parlamentares o motivo da demora para detectar o desvio já que desde janeiro a ONG recebia R$ 130 mil por mês, mas o pagamento foi suspenso apenas em outubro, quando foram detectadas as irregularidades.


De acordo com o secretário-adjunto de Finanças e auditor há 20 anos na Prefeitura, Antonio Carlos Vianna, disse que a prestação de contas das entidades são avaliadas a cada trimestre e que diante da constatação das irregularidades a Prefeitura fez várias notificações à ONG. “Também fizemos reunião com representantes da entidade e demos prazo para a apresentação dos documentos, mas isso não ocorreu”, afirmou Vianna ao acrescentar que a última reunião ocorreu em 23 de novembro.
Padre Antonio afirmou que as 1,4 mil crianças que eram atendidas pela ONG foram encaminhadas para outras entidades. O secretário acrescentou que a presidente da ONG, Maria Aparecida Trambaioli, informou durante essa última reunião que teria emprestado parte do dinheiro para a mãe dela e para outros integrantes da entidade.
Além de desviar os recursos, a ONG deixou de pagar o salário de 25 educadores. Um deles, Francisco de Assis Pereira, afirmou que o salário de setembro não foi pago em 5 de outubro, como era previsto. “Procuramos nosso sindicato para entrar com ação na Justiça. Vamos tentar liberar o Fundo de Garantia e o seguro desemprego”, disse.
A expectativa era de que a Prefeitura fizesse o pagamento, mas foi negado por conta de impedimentos legais. “A Prefeitura se exime de toda a responsabilidade, mas nós fizemos nosso trabalho e não recebemos por isso”, lamentou Francisco de Assis ao informou que o salário dos educadores era de R$ 1 mil.

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