sexta-feira, 20 de maio de 2011

Desgoverno Aidan: Guardas municipais denunciam retaliação da prefeitura

Profissionais apontam colapso no sistema de rádio, sede deteriorada e vidros quebrados

GCMs (Guardas Civis Municipais) de Santo André procuraram a Câmara para denunciar retaliações que têm sofrido no governo do prefeito Aidan Ravin (PTB). Também acusaram certo descaso com relação à estrutura da corporação. Afirmam que desde que o vidro de uma guarita foi atingido por tiros, na semana passada, não foi providenciado o conserto.

Outra reclamação é de que o número de telefone 153, que serviria para a população ligar gratuitamente, ainda não funciona na cidade, como ocorre em vários outros municípios. Entre outras queixas está a falta de equipamento, como Infoseg (para pesquisa de prontuário), armamento, sistema de rádio e identificador de chamada.

Os GCMs também reclamam que após um incidente entre o prefeito e o guarda Silva Melo, em março deste ano, houve redução de quatro para duas viaturas da ROMU (Ronda Operacional Municipal) e que até as portas dos veículos serão pintadas de branco para descaracterizar o projeto que envolve a proteção dos moradores nas ruas. Também afirmam que a intenção do governo é tirar as boinas e os braçais dos uniformes, comprados pelos próprios guardas.

Salário – Outra queixa envolve o projeto, aprovado em abril, que instituiu o adicional de 25% à GCM.  Na ocasião, o prefeito disse que incluiria no projeto os guardas patrimoniais, mas isso não ocorreu.
Entre os vereadores que receberam a denúncia estão José Montoro Filho, o Montorinho, e Tiago Nogueira. Este último apresentou requerimento de informações ao Executivo nesta quinta-feira (19/05).

A assessoria de imprensa da Prefeitura disse que o projeto para beneficiar os guardas patrimoniais será enviado na próxima semana à Câmara. Quanto ao vidro da guarita quebrado a tiros, informou que será trocado por um mais reforçado.

O governo afirmou que o número 153 ainda não começou a funcionar porque existe um problema com a Anatel. A Prefeitura argumenta que reformará a sede da Guarda, que hoje enfrenta problemas até de goteiras. O projeto está sendo elaborado pela Secretaria de Obras.

Quanto à descaracterização da ROMU, que será pintada, nega que seja uma retaliação depois da confusão do GCM com o prefeito. Disse que os veículos serão modificados “para dar um caráter mais comunitário”.


Histórico:

Guarda municipal afirma que foi agredido por Aidan Ravin

O que o prefeito Aidan já falava em março: “Aquilo era uma Palhaçada”.

O GCM (Guarda Civil Municipal) de Santo André Marcos Pereira de Silva Melo afirma que foi agredido física e verbalmente pelo prefeito Aidan Ravin (PTB) quando trabalhava no Paço Municipal, no dia 23/03. A atitude do prefeito indignou a Guarda Civil Andreense, que paralisou as atividades da ronda motorizada na cidade por tempo indeterminado e realizou manifestação na Câmara após a sessão desta quinta-feira (24/03). Em nota, o prefeito nega ter agredido o GCM.

De acordo com Melo, Aidan se indignou com a abordagem dos GCMs a jovens que usavam drogas no Paço. Em seguida, teria agredido Melo com puxões e gritos.

Melo garante que os jovens abordados pela Guarda “informaram” ter feito uso de maconha no Paço. Enquanto “abordava” os jovens, juntamente com outros dois GCMs, Aidan passou pelo local com seu carro, desceu do veículo e foi em direção aos guardas dizendo que “aquilo era uma palhaçada”.

Em seguida, Aidan pegou Melo pelos braços e o puxou até a viatura. Quando o GCM tentou explicar a situação, o prefeito o mandou calar a boca, afirmando que Melo foi insubordinado e perguntou: “Você sabe com quem está falando?”.

“É um absurdo, pois estávamos fazendo nosso trabalho. A lei prevê que a GCM pode realizar abordagem quando em flagrante. O prefeito demonstrou desconhecimento do nosso trabalho. Não espero que ele se retrate, pois o prefeito é arrogante. Sabemos disso”, completa Melo.
Manifestação

Informações: ABCD Maior

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