O prefeito de Santo, Aidan Ravin (PTB), suspendeu contrato de R$ 165 mil com a Produz Eventos, responsável pela apresentação de palhaços para os Cesas (Complexos Educacionais de Santo André). Há 15 dias surgiram várias denúncias de irregularidades no contrato, inclusive, com envolvimento de parentes do secretário da Cultura, Edson Salvo.
O ABCD Maior publicou reportagens mostrando que o primo do secretário, Daniel Salvo, aparece como contato administrativo do site da empresa (produzeventos.net). Em outra matéria, foram reveladas mensagens no Twitter do próprio dono da Produz, Thiago Pinheiro Augusto, nas quais diz ter almoçado com Edson Salvo, no restaurante Subway de Santo André, em 22 de junho de 2010, além de ter viajado com o primo do secretário para jogar em um Cassino, na Argentina, em dezembro do ano passado. O prefeito disse que foi preciso bloquear o contrato para saber se existe irregularidade, mas acredita que não haja ligação entre a empresa e familiares do secretário. “Quando tem suspeita tem de apurar”, disse Aidan sobre o contrato.
As denúncias foram feitas pelo vereador Tiago Nogueira (PT) e se referem a eventual uso indevido de recursos do governo federal que deveriam ser investidos no ensino fundamental e não na contratação de palhaços. Outras acusações envolvem suposto superfaturamento e contratação de funcionários sem registro em carteira, como é o caso dos monitores.
Para Tiago, o bloqueio do contrato com a Produz não é suficiente. “Agiram para tentar abafar o caso. A sociedade andreense quer uma resposta contundente. Essa história precisa ser investigada”, disse o vereador, que esperava do prefeito uma punição ao secretário da Pasta.
Outra empresa – O prefeito disse que enquanto o contrato estiver bloqueado, vai contratar uma outra empresa para não interromper as atividades de lazer com as crianças, mas afirmou que a administração arcará com os prejuízos da Produz, caso não sejam comprovadas irregularidades. Ainda criticou a postura do vereador que chegou a acusar sua administração de fazer caixa dois com esse contrato.
“Não queremos briga com vereador. Queremos respeito”, disse Aidan. O prefeito determinou ao departamento jurídico da Prefeitura que apure os discursos do vereador na tribuna da Câmara para saber se houve acusações inverídicas.
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