Desde que Aidan Ravin (PTB) assumiu a Prefeitura de Santo André, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) deixou de investir R$ 3,1 milhões da previsão orçamentária com a Defesa Civil. Em 2009, a autarquia deixou de aplicar 80% do previsto (R$ 1,6 milhão de R$ 2 milhões) e, em 2010, 70% (R$ 1,541 milhão de R$ 2,2 milhões) do orçado para o ano com a Defesa Civil não foi investido.O corte no departamento - que socorre a população e presta serviços assistenciais em caso de tragédias - é diretamente sentido pelos andreenses, principalmente em época de chuvas, como as que atingem o ABCD neste início de ano.
Mas nem mesmo o corte abrupto na Defesa Civil fez com que as contas do Semasa saíssem do vermelho em 2010. No ano passado, a autarquia teve um rombo de R$ 26 milhões.
Se o superintendente Ângelo Pavin (PTB) resolveu cortar na Defesa Civil, o departamento não economizou em passagens aéreas: foram R$ 68 mil gastos com a empresa Helimarte Táxi Aéreo. O valor com viagens só supera o gasto com pessoal civil no Departamento. Ou seja: 10% do total empenhado com o Departamento em 2010 (R$ 659,9 mil) ficou com a Helimarte.
Pavin ainda resolveu cortar gastos para diminuir o rombo nas contas de 2010 em outro departamento importante: o de Planejamento de Obras. Dos R$ 70,8 milhões orçados, R$ 17,8 milhões foram aplicados.
Em nota, a assessoria de imprensa do Semasa afirmou que o valor orçado, que consta no Portal da Transparência, é referente a “estimativa de arrecadação”. “O departamento é tratado com total prioridade no Semasa, sendo respeitado em todo o País como exemplo de ação rápida e eficaz na gestão de riscos”, completa a nota.
Política - A nomeação de Pavin para o Semasa, no início de 2009, foi controversa. Além de ser correligionário do prefeito Aidan Ravin (PTB), Pavin, que é médico, não tem formação em Engenharia, como todos os demais superintendentes da autarquia.
ABCD Maior
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