Os moradores têm jogado muitos sacos com resíduos domiciliares, além de entulhos e móveis velhos na via, que fica à beira do córrego Cassaquera.O Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa), responsável pela coleta de lixo no município, informou que a retirada de resíduos úmidos é feita em toda a cidade três vezes por semana, e uma vez para secos, além da varrição, que passa diariamente por todas as ruas.
“Muita gente joga o lixo aqui porque não quer deixar em frente de casa. Espero o caminhão de lixo, que passa várias vezes por semana. Essa sujeira toda fica em frente a minha casa, vai acumulando e deixando a área com muito mau cheiro todos os dias. É ruim aguentar isso”, reclamou a munícipe Antonia de Castro.
Com todos os detritos deixados no local e as chuvas do início de ano, muito lixo tem ido para o córrego Cassaquera, ocasionando frequentes enchentes. “Infelizmente a população não colabora, porque faz reforma em casa e vem aqui jogar entulho, sujeira e móveis velhos. Não há fiscalização para não deixar o povo jogar lixo aí. Quando chove forte, a rua alaga e não dá para passar de carro”, afirmou Venceslau Santos.
De acordo com o Semasa, a colaboração da população é importante no que diz respeito à denúncias e sugestões para manter todos os parâmetros ambientais do município em ordem. A Gerência de Controle Ambiental é responsável pela fiscalização das leis.
Pessoas ou empresas que ainda insistem em depositar resíduos no curso de rios e córregos, por exemplo, também estão sujeitas às sanções previstas na legislação ambiental do município. O lançamento de resíduos sólidos em curso d’água é crime passível de multa de até R$ 23.700, além do infrator estar obrigado a realizar a limpeza do local.
Córrego canalizado ä
Os moradores pedem com urgência a limpeza e canalização do córrego. “Temos muitos problemas com isso aqui. Sempre tem enchente e desmoronamento de asfalto. Está complicado. Há muitos anos que não é feita limpeza”, relatou Ademir Perez, que possui comércio na avenida.
Um campo de futebol que fica a beira do córrego também está com risco de desabamento. “É a única opção de lazer do pessoal aqui nos fins de semana e está com risco de cair tudo. Sem contar o mal cheiro que fica dessa água suja todos os dias. Quando aparecem para fazer a limpeza só tiram o mato e deixam a sujeira”, pontuou Silas da Silva.
O Semasa comunicou que estuda ações de desassoreamento do córrego. No entanto, a capina e a limpeza são atividades permanentes. Segundo o órgão, está programada a limpeza do local para este mês, sendo repetida em abril.
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