Observando vários municípios vemos proliferarem, nas pitorescas épocas eleitorais, a "reinauguração" de obras de origem alheia: quer, a gestão que se despede, apenas botar a placa com seu nome e abiscoitar o mérito de antecessores. O paradigma seria o do cachorro que sai fazendo xixi em poste e o que lhe vier pela frente para marcar território.
Santo André nesse sentido, é emblemático: não tendo construído uma obra sequer de vulto para a melhoria da qualidade de vida da população, o prefeito Aidan Ravin (PTB) faz cortesia com o chapéu alheio.
Conservar o patrimônio público não é "bondade" do governante, não há mérito em fazer aquilo para o qual se é pago. Mérito há em extinguir problemas herdados e preparar a cidade para o sucessor em pleno funcionamento, com previsão e provisão de futuro.
Entregar a gestão com acima de 97% de custeio, máquina estupidamente inchada pelo cabide de empregos e proliferação de ONGs pagas para fazer (em teoria) o que compete à administração. Quando o candidato do PDT, Raimundo Salles afirma que Santo André estagnou e retroagiu, que as tais ONGs são a raiz da corrupção galopante e que salvo as tais "reinaugurações" e cumprir com o óbvio, nada foi feito, há que dar-lhe razão.
Em Santo André, o poste fez xixi no cachorro, lixo virou luxo, água virou ouro e licença ambiental virou corrupção.
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