O bairro é de classe média-alta. As casas são grandes e os condomínios, de alto padrão. A dona de casa Nilza Debai Agostinho, 72 anos, mora em frente ao prédio onde Aidan tem apartamento. "É um absurdo. O prefeito não consegue resolver o problema nem no quintal dele, quanto mais no resto da cidade", reclamou.
Depois que escurece, Nilza não tem coragem de sair de casa. "Fica uns seguranças aqui na porta do prédio, mas eles são do prefeito, né? Quem garante que se acontecer algo com a gente eles vão ajudar?", questionou.
Na Rua José Bonifácio, a indignação é a mesma. A doméstica Vera Lúcia da Silva, 64, sai do trabalho todos os dias por volta das 20h. Ela tem medo de ser assaltada. "Isso daqui é um breu só. Quando recebo o pagamento, guardo o dinheiro no tênis", garantiu.
O jornaleiro Carlos Cruz de Oliveira, 54, enfrenta a escuridão no início da manhã, quando abre a banca, por volta das 6h. "Pior que a gente paga taxa de iluminação pública na conta de luz. Vão descontar esses dias que ficou às escuras? Duvido", protestou.
SEM DATA - A Prefeitura é responsável pela iluminação pública na cidade. A Secretaria de Obras e Serviços Públicos informou que requisitou à AES Eletropaulo o conserto de um transformador localizado na Avenida Doutor Antônio Álvaro, defeito que tem provocado a falta de luz nas ruas.
Ainda conforme a Prefeitura, somente após a manutenção é que a equipe de iluminação pública da Pasta poderá realizar vistorias e reparos no bairro. A Eletropaulo foi procurada e não respondeu quando deverá ser realizado o serviço até o fechamento da edição.
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