sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tragédia no Parque Celso Daniel expõe o abandono do governo

"Não sabemos se o DEPAV realiza um monitoramento das árvores dentro destes parques e nas ruas da cidade"

A queda de um galho de árvore no Parque Celso Daniel, em Santo André, matou uma mulher na noite desta quinta-feira (14/04). O galho despencou de uma figueira centenária do parque sobre a mulher de 68 anos que fazia uma caminhada com o filho.

A Prefeitura de Santo André afirmou que a árvore é tombada pelo Patrimônio Histórico, trata-se de uma árvore centenária, que é tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo.

Em Santo André, temos 12 bens tombados como patrimônio cultural, desde 1992. São eles: a Figueira localizada no Parque Celso Daniel; Residência de Olga Guazelli; Residência de Paulina Isabel de Queirós; Escola Municipal de Iniciação Artística Aron Feldman; Cine-Teatro Carlos Gomes; Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa; Museu Militar de Expedicionários do ABCDMRR; Obras de Arte de Gianni Parziale; Estação de Tratamento de Águas; Vila de Paranapiacaba e Arredores; Mansão Tognato e a Casa de Culto Dâmbala Kuere-Rho Bessein.

Mesmo com grande importância para o meio ambiente, poucas pessoas sabem que as árvores também podem ter valor histórico. É o caso da Figueira centenária do Parque Celso Daniel, que possui 20 metros de altura, uma copa de 40 metros de diâmetro e raízes com extensão de sete metros.

Segundo nota emitida recentemente pelo Condephaat, “a conservação e eventual restauração de bem tombado cabem em primeiro lugar ao seu proprietário", porém, é possível fazer uma solicitação para receber verbas provenientes de leis de incentivo à cultura, como o Proac (Programa de Ação Cultural).

Por causa dos problemas, o governo Aidan informou que vai entrar em contato com os órgãos responsáveis pelo tombamento da figueira centenária para pedir que a árvore seja removida. Segundo a prefeitura, o parque não pode fazer nada sem autorização por causa do tombamento.

Entretanto, segundo relatos de moradores freqüentadores do parque, relatam que o mesmo está abandonado pela atual administração, "os banheiros estão um nojo, as câmeras de monitoramento estão desativadas, as telas ao redor das quadras estão enferrujadas e todas em estado precário".

"Outra questão exposta, é que não sabemos se o DEPAV (Departamento de Parques e Áreas Verdes) realiza um monitoramento das árvores dentro destes parques e nas ruas da cidade para fazer um levantamento das características da espécies, avaliar as condições internas da árvores para verificar a presença de fungos e outros agentes biodeterioradores, identificando o grau de deterioração da vegetação", afirmou.

Vejam vídeos que ralatam o descaso:







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