domingo, 12 de agosto de 2012

Quem cala consente: Aidan ouve críticas e fica calado


O prefeito de Santo André Aidan Ravin (PTB), candidato à reeleição, realizou caminhada pelo comércio da Avenida Queiroz Filho, Vila Humaitá, na manhã de ontem, acompanhado da primera-dama, Denise Ravin, e do candidato a vereador Almir Cicote (PSB). Durante a atividade, o prefeiturável ouviu críticas de alguns populares sobre a atual situação da Saúde na cidade, bandeira do petebista, que é médico ginecologista. Porém, na hora de falar sobre projetos, o postulante se calou.

A equipe do Diário abordou o prefeito por três vezes durante o ato, mas em todas ocasiões não obteve resposta sobre as ações que pretende implementar. A assessoria de Aidan informou que ele não irá ceder entrevistas ao longo das atividades de rua e que essa decisão é uma estratégia de campanha.

Adotando estilo irreverente, o petebista brincou e fez piadas entre um cumprimento e outro, mas nem todos apertos de mão foram recebidos com sorrisos. "A Saúde em Santo André está nota zero. Minha mulher teve infarto e ficou esperando das 4h às 10h para ser atendida. Tive de tirá-la de onde estava e levá-la para um hospital particular, pagando R$ 950", disse Olidio José Marques, 65 anos, proprietário de uma banca de jornal visitada pelo prefeito.

Aidan conversou alguns minutos com o comerciante para tentar amenizar as críticas. No entanto, o diálogo não animou o munícipe. "Votei nele na última eleição para ver se a situação melhorava, mas continuou a mesma coisa. Como vou acreditar nessas promessas de eleição?", questinou Marques.

O motorista Genival Ribeiro, 36 anos, também relatou ao petebista o drama que passou quando precisou ser atendido em unidade hospitalar na Vila Luzita. "A situação é precária. Tive começo de infarto e demoraram muito para me atender. A Saúde tem de melhorar", comentou.

INVESTIGAÇÃO
O Ministério Público Eleitoral acatou a solicitação para investigação de abuso de poder realizado por Aidan, devido à presença do prefeiturável em evento que contou com a presença de dois violeiros no dia 27 de julho. A Lei Eleitoral proíbe a realização de showmício e atos parecidos nas atividades de campanha. Agora, a promotoria vai averiguar se cabe inelegibilidade ao candidato por conta do ocorrido.


Cadu Proieti 
do Diário do Grande ABC


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